um jornalista chinês, que decidiu ir até a cidade de Foshan, em Guangdong, verificar até que ponto essa história era verdade. Pois o cara viajou até a cidade e conversou com moradores locais, que disseram que não apenas a história é verdade, como muita gente (na região e em Taiwan) toma a sopa de feto numa espécie de ritual macabro, escondidos da polícia.
O jornalista conversou com um sujeito de 62 anos (ao lado de uma garota de 19), me parece que um pequeno empresário taiwanês, que afirma tomar regularmente a sopa, fácil de fazer, segundo ele, porque o aborto é um procedimento usual na China. Algumas mulheres chegam a vender o feto, que deve ter até seis meses. A sopa é feita com ervas da medicina tradicional chinesa que, acredita-se, aumentam a potência sexual, tipo bajitian, dangshen, o conhecido chinese wolfberry, entre outras mais populares, como gengibre. E leva outras carnes também, como galinha e porco.
Em Foshan, ele foi até o restaurante (de fachada tipo cozinha regional), cujo dono, o senhor Li, disse que não tinha costela (a senha para quem quer a tal da sopa) naquele momento. Depois, aos sussurros, avisou que conhecia uma casal de migrantes cuja mulher estava no oitavo mês de gravidez. Como o casal já tinha duas filhas, eles planejavam vender o feto para um laboratório ou para o restaurante, de modo que pudessem pagar pelo aborto e evitar a multa imposta pelo governo chinês para quem burla a política do filho único. A sopa, disse o tal senhor Li, custa 3.500 yuans (US$ 515).
O jornalista passou a semana entrevistando moradores do local e, ainda que poucos tivessem sequer visto a tal da sopa, praticamente todos sabiam que ela existia e algumas pessoas a tomavam. Quando o jornalista estava para deixar a cidade, o tal microempresário falou com ele que uma "mercadoria nova" havia chegado e vários conhecidos estavam prontos para experimentá-la. Na mesa, ele descobriu estarrecido que os fetos custam entre 300 yuans e 500 yuans.